sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Projeto Carnaval - 2012


Escola Municipal Antônio Santos Coelho Neto

Projeto Carnaval - 2012


Tema: Relembrando os antigos carnavais


Objetivo geral: Resgatar e preservar a memória dos antigos carnavais


11. Apresentação


O carnaval diz muito sobre a história do Brasil e da antiga sociedade européia. Segundo algumas correntes, o Carnaval teria como marco inicial os cultos agrários de povos antigos como os egípcios, persas, fenícios e gregos. As comemorações marcavam o início da primavera, quando os povos dançavam ao redor de fogueiras, usando máscaras e adereços para garantia de uma boa colheita. A festa só surgiu como verdadeira prática pagã (sem crença religiosa) no Império Romano. Depois, foi incorporada ao calendário católico pela Igreja e chegou ao Brasil junto à colônia portuguesa.


Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos. A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. As famosas marchinhas carnavalescas foram acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participante e em qualidade.




22. Origem do Carnaval


O carnaval é originário da Roma Antiga e, incorporado pelas tradições do cristianismo, passou a marcar um período de festividades que aconteciam entre o Dia de Reis e a quarta-feira anterior à Quaresma. Em Roma, a “Saturnália” seria a festa equivalente ao carnaval. Nela um “carro naval” percorria as ruas da cidade enquanto pessoas vestidas com máscaras realizavam jogos e brincadeiras.


Segundo outra corrente, o termo “carnaval” significa o “adeus à carne” ou “a carne nada vale” e, por isso mesmo, traz em sua significação a celebração dos prazeres terrenos. Em outras pesquisas, alguns especialistas tentam relacionar as festas carnavalescas com os rituais de adoração aos deuses egípcios Ísis e Osíris.


33. Aspectos históricos


A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.


Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje.


No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.



No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.


A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.


   4. Desenvolvimento do Tema





Turno _ Manhã



O turno da manhã explorou um tema que recorda os antigos carnavais: As Marchinhas Carnavalescas. Cada área do conhecimento explorou um aspecto dessa festa tão tradicional para o povo brasileiro. Chiquinha Gonzaga foi uma das homenageadas. Sua biografia foi explorada no conteúdo da Língua Portuguesa, os aspectos históricos foram abordados pela área de História, a diversidade regional e os vários ritmos que tomam conta do Brasil foram conteúdo da disciplina de Geografia.


Na matemática foram exploradas as formas na confecção das máscaras para o concurso que aconteceu na culminância do projeto com um Baile de Carnaval através de um belo desfile. A criatividade na confecção das máscaras foi explorada também na elaboração dos murais que estão compondo a decoração carnavalesca da Escola.


 Atividades desenvolvidas:

  • Leitura de imagens (comemoração de carnaval dos tempos antigos e atuais);
  • Elaboração de texto coletivo a partir do relato dos alunos
  • Descrição, caracterização e registro, a partir das imagens, de como as pessoas se vestiam, se enfeitavam e festejavam antigamente
  • Trabalho com as características do Carnaval no Brasil nas diversas regiões



Apresentação de pesquisas sobre as comemorações carnavalescas nas diversas regiões 



  • Apresentações de ritmos característicos de algumas regiões: frevo



                                                     Apresentação do Frevo




  • Confecção de máscaras e realização de um concurso para escolha da máscara mais criativa   
Máscara confeccionada pelos alunos






Concurso de Máscara 

  • Trabalho com a biografia de Chiquinha Gonzaga

Quem foi Chiquinha Gonzaga?



Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro em 17/10/1847. Compositora, pianista e regente brasileira, foi a primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca - Ô Abre Alas (1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público do Rio de Janeiro, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Chiquinha Gonzaga faleceu em 28 de fevereiro de 1935.


Chiquinha Gonzaga 



Abre Alas (Chiquinha Gonzaga)

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

  • Trabalho com as marchinhas abordando, inclusive, aspectos preconceituosos abordados
Cabeleira do Zezé
(João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963)

Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é
Será que ele é

Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é

Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!



  • Realização do Baile de Máscaras
  • Desfile de fantasias
  • Exposição dos trabalhos produzidos pelos estudantes

Apresentação de Trabalhos e Pesquisas Realizados pelos Estudantes 


Exposição de Material Produzido em Sala de Aula  






Turno _ Tarde


No turno da tarde explorou o tema: antigos carnavais com objetivo de resgatar e preservar a memória dos antigos carnavais. As atividades desenvolvidas foram:

  • Apresentação dos aspectos históricos do carnaval
  • Pesquisa de imagens dos antigos carnavais
  •  Confecção de máscaras

Alunos confeccionam máscaras e cartazes para expor na sala


Turma do 3º ano A apresenta as máscaras confeccionadas com orientação da professora Nahyara

  •             Audição de marchinhas

Alunos dançam as marchinhas dos antigos carnavais

  •        Baile dos mascarados 
   
    As crianças se divertiram no Baile dos Mascarados, no desfile de máscaras e cantaram as marchinhas trabalhadas em sala. As letras curtas facilitaram o trabalho com a leitura em sala de aula e o contado com esse tipo de manifestação da nossa cultura. Muitas crianças vieram fantasiadas e a Escola entrou no clima da festa.


 Desfile de máscaras


Apresentação da marchinha Mamãe eu quero (Turma 1º ano A)


        Turno _ Noite

     No turno da noite as marchinhas também foram tema pedagógico durante toda semana e os professores trabalharam a leitura, escrita e a interdisciplinaridade com outros conteúdos a partir das letras. Na Educação de Jovens e Adultos foi enriquecedor trabalhar a interpretação das letras de algumas Marchinhas Carnavalescas. 

    Alunos Ciclo I e II







Alunos Ciclo III




Alunos Ciclo IV



    Além de lerem, cantarem e interpretarem, os alunos foram estimulados a contextualizar as temáticas abordadas pelas letras com temas da atualidade como: homofobia, preconceito racial, desrespeito á mulher e ao idoso. Trabalharam também a linguagem não-verbal identificando gravuras em revistas que tivessem a mesma leitura dos temas trabalhados, entre outras estratégias usadas nos ciclos III e IV.


Produção de Mural – Projeto Carnaval 



Turno - Manhã

Turno - Tarde 


Turno - Noite 




Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chiquinha_Gonzaga
Acesso em: 17/02/2012

http://letras.terra.com.br/marchinhas-de-carnaval/430634/
Acesso em: 17/02/2012

Acesso em: 24/02/2012

Acesso em: 17/02/2012


2 comentários:

  1. Foi enriquecedor trabalhar com o ciclo II da EJA, a interpretação das letras de algumas Marchinhas carnavalescas. Além de lerem , cantarem e interpretarem, conseguiram contextualizar a temática das mesmas com temáticas da nossa sociedade atual,como: homofobia, preconceito racial, desrespeito á mulher e ao idoso. Trabalharam também a linguagem não-verbal identificando gravuras em revistas que tivessem a mesma leitura dos temas trabalhados.
    Abr@ços
    Silvana Camurça

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